Esqueça o treinamento como você conhece

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Redação SA Varejo - redacao@savarejo.com.br -

Segundo especialista, o método tradicional está defasado em relação à forma de as pessoas aprenderem e às necessidades dos profissionais

Conhecimento não é mais uma vantagem competitiva. O que faz a diferença hoje, para profissionais e empresas, é contar com as habilidades corretas. O problema é que elas estão em falta no mundo corporativo. É o que afirma David Blake, cofundador da Degreed – plataforma de ensino – e autor do livro “The Expertise Economy”, que esteve presente na HSM Expo 2018 , realizada em novembro na capital paulista. Ele embasa sua opinião numa pesquisa global da consultoria PwC que constatou que essa é uma das maiores inquietações dos CEOs em todo o mundo.

Aqui no Brasil, até 2030, a lacuna por pessoas que tenham habilidades necessárias para as empresas vai aumentar”, diz ele. ”Essa situação se agrava com o modo tradicional de treinamento, que está falindo”, afirma Blake. Segundo ele, antes se vivia num mundo em que as informações eram escassas. Agora, com a conectividade, ela é abundante. “Hoje, quando tem um problema ou quer saber como fazer algo, o funcionário não vai ao RH, ele busca na internet”, comenta o especialista. As empresas precisam se adaptar a essa nova realidade, engajando-se com a carreira do colaborador e não o contrário.

  • 92% dos CEOs globais preocupam-se porque a empresa não conta com as habilidades necessárias em seus profissionais

  • 77% deles veem nisso uma ameaça ao negócio

 

Veja as recomendações de Blake

As empresas precisam adotar uma nova maneira de capacitar o colaborador, mais alinhada ao mundo digital e às suas novas necessidades

01.

O primeiro passo é mapear a carreira que o funcionário deseja trilhar. Depois, definir quais habilidades interessam a ele e que também são importantes para a empresa. A organização precisa entender aonde o funcionário quer chegar e qual o caminho mais curto. “Para desenvolver habilidades, precisa-se de treinamento personalizado, sobretudo num mundo digitalizado como o que vivemos”, diz ele

02.

Segundo Blake, é preciso valorizar tudo o que o funcionário aprende. Para ele, trata-se de uma maneira de “empoderá-lo”, ajudando-o a atingir sua meta. “Há muitas empresas que têm receio disso, pois acreditam que, ao fazê-lo, correm risco de perder o colaborador para o mercado”, comenta

03.

A empresa também pode incentivar o aprendizado com colegas que tenham as habilidades que ele precisa desenvolver. “Somos seres sociais, e aprender é mais fácil por meio de outra pessoa. Se ela for boa, quem está ao seu lado também tenderá a ser”, avalia Blake

04.

Para ele, o treinamento deve seguir a lógica dos jogos de videogame. “Neles, são introduzidos os chamados arcos de engajamento. Eles correspondem a desafios que fazem com que as pessoas passem mais tempo no jogo, como novas fases ou novos vilões que precisam ser vencidos para chegar ao objetivo final”, explica o especialista. “O RH precisa agir da mesma forma. Hoje, diria que seu arco de engajamento é apenas mediano, já que a forma tradicional de treinamento se dá uma vez por ano ou a cada três meses. Esse jogo está quebrado. O aprendizado precisa ser contínuo, no dia a dia. Ou seja, os arcos precisam ser grandes”, reforça

05.

Outra maneira de participar do desenvolvimento de carreira do colaborador é ajudando-o a encontrar no mundo digital conteúdo de qualidade que se conecta também com os resultados esperados pela empresa. Segundo Blake, o Youtube, consultado com frequência, está cheio de treinamento bom, mas também de “gato”

 

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