Netflix mudou relação dos consumidores com os alimentos

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Redação SA Varejo - redacao@savarejo.com.br -

Público esta mais consciente e quer saber mais a respeito de origem e formulação das bebidas e gêneros alimentícios

Quem acessa, neste momento, o menu do Neflix tem à disposição nada menos do 31 documentários sobre assuntos como impacto da má alimentação na saúde, malefícios do consumo de alimentos industrializados e danos ambientais gerados pela cadeia de produção da carne. E mais dez filmes com o mesmo enfoque devem estrear nos próximos meses. Cada vez mais gente se interessa por entender a origem e os impactos daquilo que consome, buscando informação não apenas no streaming de vídeo como em outras plataformas, entre as quais o Youtube. Tudo isso tem transformado, mesmo que de forma lenta, o comportamento das pessoas ao decidir quais alimentos comprar. 

“Antes, havia o bicho-grilo. Nos anos 90, veio o alternativo. Em 2000, vimos o surgimento do consumidor consciente”, resume Reginaldo Morikawa, diretor-superintendente da Korin, fornecedora de alimentos orgânicos e sustentáveis. “Ele não consome mais do que precisa e se preocupa com a origem da comida.” Um público que tem ajudado a Korin a multiplicar seu faturamento nos últimos anos, chegando à receita de R$ 140 milhões em 2017.

Globalmente, o mercado de alimentos e bebidas orgânicas já movimenta mais de US$ 90 bilhões, de acordo com a Biofach. Pressionadas, grandes fabricantes de alimentos se viram obrigadas a rever conceitos, lançar novos produtos e reformular os antigos. A PepsiCo, por exemplo, criou na Europa o programa Nutrition Greenhouse, com participação de oito startups, entre as quais uma fabricante de snacks à base de insetos comestíveis, a francesa Jimini’s.

Na Nestlé, uma das estratégias tem sido adquirir pequenas e médias empresas que nasceram com DNA voltado ao novo consumidor. Comprou, por exemplo, participações na norte-americana Freshly, desenvolvedora de refeições saudáveis por assinatura; e Terrafertil, que produz frutas secas e castanhas orgânicas no Equador.

No Brasil, o movimento também acontece. Por aqui, a Unilever comprou no ano passado a Mãe Terra, cujo portfólio destaca alimentos naturais, incluindo orgânicos. Um ano antes a Ambev adquiriu a fabricante de sucos naturais Do Bem, enquanto a Coca-Cola arrematou a pioneira em itens sem lactose Verde Campo.

Provavelmente, seu supermercado já começa a sentir os impactos da chamada "hiperconsciência alimentar". Prepare-se porque quem circula pelos corredores da sua loja está munido de muito informação e, no futuro, se tornará ainda mais exigente com a origem e a formulação daquilo que consome.

 

 

Fonte: Época Negócios

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