Uma luz sobre o seu capital de giro

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Redação SA Varejo - redacao@savarejo.com.br -

Boa parte do que precisa ser mudado ou aprimorado passa pela área comercial do seu supermercado e não apenas pela financeira

O capital de giro é crucial para um supermercado e isso é ponto conhecido de qualquer administrador, mas como mantê-lo de maneira suficiente não é função apenas do financeiro como muitos supõem. Todas as áreas devem se envolver para garantir um bom fluxo de dinheiro, com destaque para o comercial.

Comprar os produtos certos e em volume adequado é a principal dica dos especialistas em gestão. Grande quantidade de determinado item em estoque significa dinheiro parado. É como guardar notas no colchão: elas estão lá, mas se desvalorizam e deixam de gerar mais receita. Por outro lado, quantidades pequenas de uma mercadoria podem causar falta de mercadorias.

O maior erro é cobrar a equipe comercial apenas pela margem gerada e os índices de ruptura. Claro, esses são fatores importantíssimos, mas os compradores também devem ser responsáveis pelo excesso de estoque. O problema é que, muitas vezes, a indústria oferece descontos pedidos pelos compradores, mas exige em troca a aquisição de uma quantia muito elevada de mercadorias. O ganho com o desconto neste caso precisa ser avaliado, porque pode estar sendo compensado pela receita que deixa de ser gerada com o estoque. 

Outra dica dos analistas é acompanhar os níveis de estoque por produto e não por categoria ou no geral da loja. Um erro comum entre os gestores de supermercados é cortar as compras de grandes indústrias porque o volume financeiro que envolve as transações com elas costuma ser elevado. Mas isso não vale a pena porque essas fábricas têm os itens mais vendidos. O risco de ruptura nesses casos é grande, alertam. 

A solução contrária também não é correta. Apenas cortar as compras de fornecedores menores não vai resolver a questão de falta de dinheiro momentânea. Portanto, se o fato já ocorreu, isto é, se o mercado está sem capital, o melhor a fazer é avaliar os itens em excesso no estoque ou até mesmo a venda de ativos. 

A primeira sugestão é temerosa para alguns administradores porque compromete a margem, entretanto, produto parado com risco de ter a validade vencida é prejuízo na certa. A receita dessa venda com margem menor pode gerar recursos para a aquisição de novos produtos e para colocar o fluxo financeiro em dia, dizem os analistas. Além disso, pode evitar que o supermercado tenha que fazer empréstimos para operações do dia a dia ou que tenha que se desfazer de patrimônio.

Portanto, o entrosamento entre comercial e financeiro deve ser uma preocupação contínua da empresa. E, para que isso funcione bem, é ideal que diretores dos dois setores façam encontros periódicos e que reavaliem os recursos disponíveis para compras. A partir daí, o comercial deve dividir a verba de compras para cada profissional de maneira coerente com o histórico de vendas e as expectativas da rede. Se a empresa está com problemas de capital de giro no momento, a sugestão é que os encontros sejam diários e, a partir do momento que as operações estiverem mais azeitadas, podem ser semanais ou até mensais. 

 

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