GPA estará fora da Via Varejo após 2019

Caso não encontre comprador, companhia negociará suas ações no mercado de capitais

Está confirmado. O GPA (Grupo Pão de Açúcar) não tem mais interesse em se manter na Via Varejo, formada pelas redes Casas Bahia e Ponto Frio. A companhia afirmou oficialmente que, se não encontrar um comprador, venderá sua posição na Via Varejo antes do fim de 2019.

O processo de saída começa amanhã, com a venda em bolsa do equivalente a 3,86% do capital da empresa. Hoje, o GPA é o principal acionista com 43,3% de participação na Via Varejo. 

Informações dão conta que o GPA busca há cerca de dois anos um comprador para a Via Varejo. Agora, com a possibilidade de recorrer ao mercado de capitais para negociar suas ações - como começará a ser feito nesta semana com uma pequena parte delas -, surge o questionamento sobre os avanços nas tratativas para venda direta da Via Varejo. O grupo não detalha se há propostas nesse sentido sendo analisadas neste momento.

Em comunicado, o GPA informa ter instruído “a administração para ativamente perseguir a alienação do remanescente da participação acionária detida na Via Varejo, a ser realizada a um investidor estratégico”. “Se as condições assim indicarem, o mesmo objetivo poderá ser alcançado através de operações disponíveis no mercado de capitais. A meta a ser perseguida é no sentido de se implementar a alienação até dezembro de 2019”, diz techo do texto.

Super CEO

Outra decisão do GPA foi trocar o CEO da Via Varejo, com a saída de Flavio Dias, que ocupou a posição por dez meses. Peter Estermann, atual CEO do GPA, acumulará os dois cargos. O executivo já havia comandado a Via Varejo até o primeiro trimestre deste ano. A empresa afirma ter mudado o comando para concluir um "turnaround", ou seja, uma transformação relevante na Via Varejo.

Novo formato de loja

Outra novidade é a criação de novo formato de loja com a bandeira Casas Bahia. A Via Varejo começará a inaugurar unidades menores, com espaço máximo de 150 m² em cidades de até 70 mil habitantes e forte potencial de consumo. A empresa identificou 300 municípios com essas características. "Os clientes nessas localidades estão mal servidos e já vemos possibilidade de roubar participação de mercado de maneira muito rápida", afirmou Marcelo Nogueira, diretor de operações da Via Varejo, em entrevista à agência de notícias Reuters. As primeiras inaugurações de lojas compactas serão no interior paulista. 

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