Carrefour e Casino: saiba como foram as conversas sobre fusão

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Reportagem SA+ -

Sim, segundo jornal elas existiram, mas foram interrompidas logo no início. Entenda as razões

Carrefour e Casino estabeleceram conversas iniciais sobre uma possível fusão de suas operações globais, no entanto divergências encerraram rapidamente o diálogo entre as gigantes varejistas com sede na França. A informação foi apurada pelo jornal Valor Econômico.

De acordo com a publicação, fontes de ambas as empresas confirmaram um encontro de executivos em Paris, no dia 12 de setembro, e contaram que uma agenda conjunta de trabalho chegou a ser esboçada. No entanto, as partes teriam discordado em relação à assinatura de um acordo de confidencialidade que impedia o Carrefour de fazer uma oferta hostil. A divergência teria colocado fim às tratativas.

A informação só vazou no último domingo (23/9), e iniciou uma guerra de versões. Tudo começou com comunicado em que o Casino afirma ter recusado uma proposta de associação, dizendo-se vítima de manipulação. Já o Carrefour comunicou ao mercado e a seus acionistas que não fez qualquer contato com a empresa concorrente.

Mesmo entre as fontes que confirmaram, para o jornal Valor Econômico, a conversa entre as empresas, há divergências em relação a detalhes de bastidores da negociação frustrada.

Na versão de pessoas ligadas ao Casino, o empresário francês Alain Minc, próximo a Alexandre Bompard, CEO do Carrefour,  telefonou para Jean-Charles Naouri, controlador do Casino, propondo um encontro. No dia 12 de setembro, em reunião em Paris, Bompard teria apresentado a ideia de unir os negócios, mas ainda sem detalhamento sobre as condições. Segundo essa versão, Abilio Diniz, acionista do Carrefour e membro do conselho de administração, seria um dos entusiastas da proposta de fusão. Na última sexta-feira (21/9), o CEO do Carrefour teria enviado um plano de trabalho a Naouri, que ficou de avaliá-lo, sob condição de assinar um acordo de confidencialidade, negado horas depois pelo Carrefour. Por considerar alto o risco de uma oferta hostil, o controlador do Casino reuniu no último domingo o conselho de administração, que recusou o acordo de forma unânime, segundo divulgado pela própria empresa.

Já as fontes próximas ao Carrefour contam que  o primeiro passo foi dado após ligação do empresário Alain Minc a Alexandre Bompard, CEO do Carrefour, propondo um encontro em nome de Naouri, do Casino. Nessa versão, o presidente do Carrefour teria entendido que a reunião trataria de assuntos de mercado e outros temas do setor. E, durante a conversa, Naouri teria revelado interesse do Casino em buscar associação com outros grupos varejistas, sondando o interesse do Carrefour nos negócios. Segundo a fonte, a sensação era de que o Casino estaria avaliando possibilidades de parceria, e não apenas com o Carrefour. Bompard teria se comprometido a levar o assunto aos sócios. Dias depois o Casino, diz a fonte, pediu um cronograma para futuras conversas e a assinatura do acordo de confidencialidade para evitar oferta hostil. O Carrefour, continua a fonte ligada à empresa, avaliou que não era momento para isso, então as negociações terminaram.

Por ora, o que se sabe é que não há conversas em andamento sobre a possibilidade de uma fusão de negócios entre Carrefour e Casino.  

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Fonte: Valor Econômico

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