Por que a Ruptura de Estoque é o maior inimigo do varejo

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Você sabe quais são seus índices de Ruptura de Estoque ?

Sabe se eles estão em linha com os números do mercado? Se não sabe, é melhor começar a se preocupar com isso. Aquele momento em que o consumidor chega ao supermercado e não encontra o que procura tem um custo alto para o varejista. Estima-se que a ruptura pode representar em média uma queda de 5% a 10% nas vendas.
Pense bem! De 5% a 10% das vendas. A média histórica do lucro líquido nos supermercados no Brasil é de 2%. Ou seja, a Ruptura de Estoque pode chegar a custar cinco vezes ou mais o valor do seu lucro. E o que é pior, alimentar a concorrência, pois 32% dos consumidores vão comprar o produto em outra loja quando não encontram o que querem na sua.

Como a Ruptura de Estoque acontece

Para saber se a Ruptura está acontecendo na sua empresa, compare o número de itens em falta com o total de itens normalmente vendidos na loja. Ou busque outro indicador, mas não fique parado. Se muitos produtos faltam nas suas gôndolas com frequência, você está com problemas. E é melhor descobrir por que o mais rapidamente possível.
“Estimamos que para cada quatro pontos percentuais que você reduz na Ruptura de um item, você ganha um ponto a mais nas vendas desse mesmo item”, diz Marcos Manéa, gestor do Comitê de Prevenção de Perdas da Associação Brasileira de Supermercados. “Esse número é uma estimativa com base em nossas observações, na verdade, ele pode variar muito conforme as circunstâncias.”
As causas para a falta de produtos nos supermercados são múltiplas. A Ruptura de Estoque pode acontecer, por exemplo, quando as compras são mal planejadas, e a empresa não considera a necessidade de um estoque 
de cobertura em alguns itens. Ou seja, não fazem uma encomenda maior para produtos que possuem prazo de entrega mais dilatado.

Falta de controle, erros repetidos

O fato se agrava por falta de controle, especialmente quando o supermercado demora a perceber o problema. Grande parte dos supermercados usa métodos quantitativos para suas projeções de demanda. Em tais métodos, o histórico de vendas tem um grande peso nas análises, segundo apontam teóricos como Ronald Ballou. Com isso, novos fatos são incorporados às análises, mas apenas depois que ocorrem. Ou seja, se a Ruptura de Estoque não for percebida, ela não se incorpora ao novo cálculo de demanda e a tendência é de que o erro se repita.
Para manter os estoques em dia e todos os produtos que o consumidor quer, disponíveis na prateleira, é preciso investir em tecnologia. Muitos supermercados trabalham sem um sistema integrado de gestão, que sincronize os dados em todos os setores: da frente de loja ao centro de distribuição. Sem dúvida, um ERP robusto, eficiente e bem integrado pode reduzir bastante o problema.
Por quê?
Porque essa integração é fundamental para que não haja divergências de informações entre o controle de estoque e os compradores, por exemplo.  Os sistemas automáticos também controlam as vendas com mais rigor, o que ajuda a estimar melhor a demanda e a monitorar o nível do estoque com mais precisão. O sistema também pode ser usado para registrar queixas dos clientes sobre falta de produtos, acionando um alerta para a Ruptura naqueles itens. 

Tecnologia é mais acessível que nunca

Um bom sistema de gestão evita que outros vilões da falta de estoque atrapalhem o seu negócio. Em redes de maior porte, por exemplo, os diferentes formatos e tamanhos de loja aumentam a complexidade da cadeia de suprimentos, pois cada loja possui uma variedade diferente de produtos, o que aumenta a possibilidade de erro.
A operação também deve ser bem executada, para evitar o que se chama de “estoque virtual”. Ou seja, produtos que no sistema constam como presentes no estoque, mas que na prática não estão. Isso acontece muitas vezes por furtos, degustações indevidas de produtos, falha no registro de baixa do produto na loja. Por isso, é preciso agilizar a reposição de produtos nas gôndolas, redobrar a atenção na checagem de prateleiras e estoques. 
A boa notícia para o varejista é que tecnologias que facilitam a gestão e oferecem resumos confiáveis dos principais números da sua operação – incluindo estoque – hoje possuem preços acessíveis. Isso as torna disponíveis mesmo para micro e pequenas empresas, que antes não podiam pagar por esse tipo de estrutura. Faça as contas. O preço pode ser baixo para resolver um problema que cobra uma fatura muito alta para o varejo.

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